O ciclo da vida em algumas tribos é manifestado por um canto,
este será o marco da identidade individual da pessoa.
Quando se comemora um acontecimento,
o canto é entoado, relembrado o apoio em si mesmo.
Nesse rito, sua raiz, sua persona,
estarão sempre sendo retomados
para o momento primordial do ser,
sua verdadeira identidade.
Façamos a mesma interpretação
para essa grande astro-nave chamada terra,
costumo pensar que qualquer ação é uma simbiose,
ela não está de maneira aleatória,
está intercalada em uma rede de pessoas e fatos.
Sendo assim, a vida se move
tendo o seu eixo a individualidade de cada ser
na simultaneidade com o meio.
Logo o micro e o macro universo
tão bem definidos, se permeiam numa relatividade,
gerando as interfaces dos acontecimentos.
Logo somos: Maria, Cristina, Luis,
Juliana, Miguel, Paula e toda a fauna, flora, estrelas
e planetas aparentemente absortos.
Nesse único momento o qual não volta, o agora,
nesse complexo anelar
no qual estamos envolvidos,
não veremos mais as mesmas passagens.
Mas de alguma forma escondida
haverá sempre o perfume e sua vida.