sexta-feira, 29 de maio de 2015

O caminho



A manha da manhã manhosa,
das frestas e arestas 
que nos comunicam devassas.
Argumentos não bastam
para sustentar o discurso postiço.
O dia de amanhã é o sonho de hoje,
e não o pesadelo impostos por ditadores.
Vivemos numa liberdade fictícia,
onde o plano "A" é a fraude.
Operamos em um sistema cuja
a única verdade é a exploração,
de uma política economicista.
Rompem as filas dos atendimentos,
quem tem status.
Escancaram pra todo o mundo
a nudez de uma falta de vergonha na cara.
Aos filhos dessa Pátria onde estará seu futuro?
Relatórios queimados e jogados em lixeiras.
Tá todo mundo fedendo neste reino
que não é a Dinamarca,
é o Brasil, Pátria amada.
Esqueceram de consultar os livros de história,
esqueceram de sentar nos bancos da consciência,
esqueceram da marcha dos descamisados,
do fuzil que matou Che Guevara,
trabalham na coerção social.
Violaram a vida, mentiram para si mesmo.
Não contemplaram, a natureza das coisas simples, o gosto de viver.
Não me deem por favor nem mais uma dose,
o meu figado está opilado.
O câncer social está na UTI,
temos que correr e não temos pra onde.
As igrejas estão nesse jogo,
porque seus representantes estão jogando
contra o povo, traindo a liturgia,
vendendo a entrada para o céu,
se disfarçando como perfume barato.
A natureza tem paciência,
até o momento em que ela se revolta.
Tudo que é colocado neste espaço sideral,
voltará como revanche.
Não sobrará pedra sobre pedra,
será um Sodoma e Gomorra,
será um viveiro de infâmia.
Estão pregando: - salvem-se quem puder.