segunda-feira, 17 de novembro de 2008

O martelo e a bigorna


O artista forja a chapa fria batendo
com a bigorna para moldar o metal.
Para ser um forjador de metal
tem que ser preciso,
nem forte, nem fraco,
sulcar na medida o imaginado
ou contar com os imprevisto
das grandes dificuldades.
É a arte e o criador
num momento único em simbiose plena.
O tempo urge dentro do inanimado,
do universo criativo e amoldam o fato.
Entre a bigorna e a chapa:
o tempo, o ouvido e o sentimento,
formando uma trilogia perfeita
necessária do arrefecimento
e o calor retomado pela pólvora
e o universo aquecido pelo movimento preciso.

Eu e minha consciência negra



Eu sou negra,
tenho sangue negro
com mistura europeia,
acidentalmente de pele branca.
Somos além da aparência
temos que nos enxergar
antes de tudo como ser humano.
O relacionamento com as pessoas
deve se dar pelo respeito
e pela consideração ao outro.
No entanto se reconhecer é o melhor caminho,
antes de qualquer processo.
O meu eu não nega minhas raízes.
Nessa minha ancestralidade
sou uma menina aprendendo
a me enxergar através do espelho do outro.
Viva todas as raças!
20 de novembro, Dia Nacional da Consciência Negra!