Se há uma assimilação plena da ausência:
- entendo, estou ausente e preenchida pelo outro,
numa vida que não a minha.
Logo, não sou eu em mim e sim o outro que fala por mim.
O equivoco talvez seja apenas esse,
o arrebatamento da condição humana
numa abertura do ser e estar apaixonada.
Num júri isso não isentaria
minha culpa pela ausência de mim mesma, diagnostico.
A cada um é dado o naco de seu esforço
o que faz-me lembrar do antigo
e já cantado entrelaçamento no armário do Chico,
onde "...meu paletó enlaço o teu vestido" num pano indivisível.
A emoção tomada pelo sentimento de ausência,
finalizo, é uma lâmina fina, sem definições.
finalizo, é uma lâmina fina, sem definições.
Não sei em que caixa guardei meu tempo,
ele se faz pelos armários, pelos livros
e pela maneira inconsciente de tua presença em mim.
ele se faz pelos armários, pelos livros
e pela maneira inconsciente de tua presença em mim.
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