sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Adormecida

Dor... amortecida.
O corpo deitado já não toma decisões,
a ameaça intravenosa tomou espaço na corrente sanguínea,
os tubos apressados alimentam todas as paredes, sem piedade.
Os órgãos retroativos decidem rumo inverso.
À hora tranquila, inconsciente à espera corre.
Estendido o corpo, já faz parte comum, biopsicossocial.
Ainda há tempo para divagações,
a garganta seca, anti-terapêutica não emite som.
A presença prostrada vem confrontar o medo do fim,
a noite sopra o concreto absoluto,
refazendo no distanciamento qualquer apego,
nessa torre construída de papel em noite de chuva.

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