Dor... amortecida. O corpo deitado já não toma decisões, a ameaça intravenosa tomou espaço na corrente sanguínea, os tubos apressados alimentam todas as paredes, sem piedade. Os órgãos retroativos decidem rumo inverso. À hora tranquila, inconsciente à espera corre. Estendido o corpo, já faz parte comum, biopsicossocial. Ainda há tempo para divagações, a garganta seca, anti-terapêutica não emite som. A presença prostrada vem confrontar o medo do fim, a noite sopra o concreto absoluto, refazendo no distanciamento qualquer apego, nessa torre construída de papel em noite de chuva. |
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